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A educação focada no educando

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Um dos aspectos principais da Pedagogia espírita (e não só desta Pedagogia, mas de seus precursores, Comenius, Rousseau, Pestalozzi e de suas pedagogias irmãs, como Montessori, Paulo Freire, construtivismo etc.) é a mudança de foco do conteúdo para o educando. O importante não é um conteúdo a ser passado, mas as potencialidades a serem desenvolvidas no educando.

O conteúdo é um meio, não uma finalidade. A finalidade é sempre o ser humano, sua auto-construção, o despertar de sua consciência.

Para que o conteúdo seja um meio eficaz para despertar algo no indivíduo, é preciso que ele faça sentido para o educando, que lhe diga algo. Para isto, é preciso que responda a alguma questão sua, mexa com seus anseios, com as heranças do seu passado espiritual, parta de seus interesses e fale a sua linguagem. Ou seja, o conteúdo não pode ser previamente determinado para qualquer grupo, muito menos em currículos nacionais, em apostilas que devam ser seguidas como manuais.

Primeiro, devemos conhecer os educandos. Quem são eles? Que Espíritos que estão diante do educador? Que tendências trazem? Que interesse têm? Como despertar neles um elan de aprendizagem, uma busca por espiritualidade ou cultivar o que já apresentam neste sentido? O educador deve ser antes de tudo um observador atento dos alunos. Para isso, é preciso lucidez, sensibilidade, conhecimento do ser humano e, sobretudo, amor – que é a porta de abertura para o outro.

Então, poderemos fazer projetos de pesquisa, debates, estudos individuais e coletivos, encenações, produções artísticas, a partir de temas e questões propostas pelas crianças ou pelo educador, mas que os alunos aceitem e gostem e se interessem. O que é imposto não se engole. Portanto, cada educador, cada centro, cada local poderá fazer seu próprio plano de trabalho – com a ajuda e a participação das crianças.

Estaremos assim enxergando e respeitando o educando como um ser reencarnado, que já traz seus interesses, suas contribuições e não estaremos tratando a criança de forma paternalista e autoritária.

Livros, filmes, internet, poemas, peças de teatro, músicas, pinturas, tudo deve ser disponibilizado para educadores e educandos, como meios de pesquisa, produção, debate e aprendizado. E os educandos, por sua vez, também devem produzir, fazer, mostrar suas potencialidades através da ação.